sábado, 5 de janeiro de 2013

Sham 69 - Tell Us The Truth


"Nenhuma das principais bandas rueiras eram propriamente skinhead. Aquela que é considerada a precursora do punk de rua (Street Punk), a Cock Sparrer, costumavam subir no palco usando botas, colarinho abotoado nas pontas e calças "stapress", mas faltava a cabeça raspada para acompanhar.
Da mesma forma, Jimmy Pursey tinha sido skin antes de fundar a Sham 69, mas se a banda aparecesse de repente vestida de skin numa gig, a turma toda ia pensar que era pose.
Seja como for, a Sham 69 nunca foi uma banda puramente skin, eles estavam afim de conquistar a molecada em toda parte, fosse ou não fosse de cabelo raspado. (...)

Quer dizer, foram os skinheads que "adotaram" as bandas rueiras como "suas" bandas. Dessas, a predileta era a dos diletos filhos de Hersham, a Sham 69. Tentar restringir uma banda como a Sham às páginas dum livro seria o mesmo que mandar Jimmy Pursey calar a boca. Ambos são desabridos e abrangentes demais, e não se limitam ao parâmetro do sucesso, são fenômenos sociais. As letras de canções como "Borstal Breakout" e "If the Kids are United" podem parecer simplistas e até simplórias no papel, mas acontece que elas não foram feitas para participar de nenhum concurso de poesia barroca. É só quando são tocadas ao vivo que se podem senti-las no seu "meio ambiente", onde parecem cortar como gillete nova"

" O Sistema adora essas divisões: Teds contra Hell's Angels, contra Skinhead, contra estes, contra aqueles. Mas se a molecada tivesse a mínima consciência de que não importa o que você veste ou pensa, que o que importa é se unir contra o Sistema, aí sim, ele, o Sistema, teria motivos pra se preocupar. Agora, do jeito que está, com 27 tribos e identidades diferentes, o Sistema sabe que pode nos vencer" (Jimmy Pursey)

Trechos extraídos do livro Espírito de 69: A Bíblia do Skinhead de George Marshall

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